Tê Loureiro

Tê Loureiro

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TERESA LOUREIRO, 36 ANOS, MÉDICA DENTISTA, NATURAL DE VISEU.
PARTICIPOU NA EDIÇÃO 2014 MASTERCHEF PORTUGAL DA TVI TENDO CHEGADO AO TOP 10.

TÊ, CONTA-NOS TUDO, COMO SURGIU ESTA IDEIA DE PAR- TICIPAR NO MASTERCHEF?

Sou fã e seguidora do Masterchef Austrália, um dia estava em casa sozinha a ver o programa quando em rodapé passou uma nota a dizer que iria haver uma edição portuguesa e a indicação do site para inscrição. Pensei que seria uma experiência que gostaria de viver e sem hesitar inscrevi-me nessa mesma noite.
Para dizer a verdade, nunca mais me lembrei do assunto até que, passado sensivelmente um mês, recebi um email a dizer que tinha sido selecionada para um primeiro casting e que teria 15 dias para confirmar a presença.
Estava decidida a não comparecer, até que nas vésperas do casting uma amiga insistiu tanto para eu ir que me pôs a pensar… se realmente queria perder uma oportunidade como aquela… e eu que não gosta de deixar nada por fazer…
Não tinha nada preparado mas nessa noite falei com o meu Marido que me perguntou se realmente gostaria de ir… e que participando não teria nada a perder…

E QUANDO COMEÇOU ESSA AVENTURA?

No dia 17 de janeiro, no Porto. Apresentei o meu prato, uma panna cotta de baunilha e iogurte grego com frutos silvestres. Ao olhar para os outros pratos pensei que não teria hipótese… nessa fase éramos 3000 concorrentes.
Regressei a Viseu e para minha surpresa passados 3 dias recebi um email com a informação que tinha sido selecionada para ir ao Terreiro do Paço!
Continuava com as minhas dúvidas mas o meu Marido incentivou-me e disse “Agora vais até onde der!”
E assim foi, começou a minha caminhada rumo ao Masterchef!

E QUAL FOI O PRATO QUE ESCOLHESTE APRESENTAR NO TERREIRO DO PAÇO?

Optei também por fazer uma panna cotta desta vez de caramelo com pain perdu que é um pão recesso passado por um preparado meu, aquecido, frito e servido em cima da panna cotta.
É uma receita que nem é habitual fazer mas que correu muito bem e fui a primeira receber a colher de pau pela mão do Chef Miguel!
O prato estava saboroso, bonito e com boa textura e cremosidade.

COMO TE SENTISTE NESSA ALTURA?

Quando vejo as câmaras a apontar para mim e a minha Mãe diz: “Tê, olha que é para ti!”, fiquei tão surpreendida como expectante! Passar esta fase era já um grande feito!
Depois de estar nos 51 eleitos comecei mesmo a pensar que havia a real possibilidade de chegar ao programa. Comecei a ficar assustada, preocupada e com medo! Como poderia deixar as minhas filhas? O meu Marido? O meu trabalho?
Não era o desafio nem a competição que eu temia pois o meu objetivo sempre foi aprender novas técnicas, conhecer o mundo da culinária pelo qual sou apaixonada.
E avancei, iria até onde fosse possível.

O QUE SE SEGUIU ENTÃO?

Outra prova desta vez para escolher 30 dos 50 concorrentes. Esta prova já entraria nas gravações do programa.
Escolhi confecionar um folhado de cabrito com míscaros acompanhado de uma salada, um prato servido no meu casamento.
As coisas não correram muito bem e pensei que iria ficar pelo caminho, a massa não cozeu convenientemente mas o recheio convenceu e acabei por passar com o sim do Manuel Luís Goucha e do Rui Paula e um não do Miguel Vieira.
Na última eliminatória para a entrada no programa informaram-nos que teríamos que nos apresentar no LX Factory e levar uma mala com roupa para duas semanas. E eu lá fui… fiz uma malinha com duas mudas de roupa pois achava mesmo que não ficaria…
Nesse momento simpatizei de imediato com algumas pes- soas e criei empatias que perduram. Algumas delas viriam ser o meu ombro amigo dentro do programa.
meu objetivo sempre foi aprender novas técnicas, conhecer o mundo da culinária pelo qual sou apaixonada.
E avancei, iria até onde fosse possível.

O QUE SE SEGUIU ENTÃO?

Outra prova desta vez para escolher 30 dos 50 concorrentes. Esta prova já entraria nas gravações do programa.
Escolhi confecionar um folhado de cabrito com míscaros acompanhado de uma salada, um prato servido no meu casamento.
As coisas não correram muito bem e pensei que iria ficar pelo caminho, a massa não cozeu convenientemente mas o recheio convenceu e acabei por passar com o sim do Manuel Luís Goucha e do Rui Paula e um não do Miguel Vieira.
Na última eliminatória para a entrada no programa informaram-nos que teríamos que nos apresentar no LX Factory e levar uma mala com roupa para duas semanas. E eu lá fui… fiz uma malinha com duas mudas de roupa pois achava mesmo que não ficaria…
Nesse momento simpatizei de imediato com algumas pessoas e criei empatias que perduram. Algumas delas viriam ser o meu ombro amigo dentro do programa.

SERIA A SELEÇÃO DOS 15 QUE ENTRARIAM PARA O MASTERCHEF?

Sim, dos 30 para os 15 concorrentes. Era uma prova às escuras, haveria um ingrediente e com ele fazer teríamos que fazer uma receita criativa, saborosa e bem apresentada.
O ingrediente era o pão…
Mas o que é tu fazes com pão? Na hora nem consegues pensar… Optei por fazer umas fritas de pão com crème anglaise, pen- sei que se tinha sido bem sucedida no prato anterior agora faria algo do género.
Chegada a hora das escolhas, fui contando as vagas que iam restando…. A primeira a ser escolhida foi a Margarida, a nos- sa Dama de Ferro! Uma Senhora!
Até que chegou a minha vez! Na hora não manifestei grande alegria porque pensei: ai… o que vou fazer? Nunca pensei que chegasse de facto aos 15…
Decidi ligar ao meu marido para me ir buscar, estava decidida a não ficar… mas ele já estava em Viseu!

ESTAVA ENTÃO TOMADA A DECISÃO?

Pois foi uma ajuda para a minha permanência… disse para mim mesma: ok, fico uma semana pois serei eliminada. O tempo foi passando, e eu fui ficando… com o tempo, e apesar das saudades de casa, cada vez tinha mais vontade de continuar, de aprender, de viver esta experiência tão especial!
Cheguei ao top 10 o que me orgulhou muito!

E O BALANÇO DESTA EXPERIÊNCIA?

Posso dizer com toda a certeza que repetia! Foi duro, foi! Largar tudo durante um mês e uma semana… tive tantas saudades das minhas Filhas, do meu Marido, da minha Família! Mas foi uma experiencia única, tenho muitas coisas boas a retirar, aprendi tanto e conheci pessoas tão especiais!

VIVIAM TODOS NA MESMA CASA, COMO FOI PASSAR TANTO TEMPO COM OS RESTANTES CONCORRENTES?

Bom… o convívio nem sempre foi fácil, inicialmente éramos 17 pessoas a viver num apartamento. Muitos e muito diferentes…
Tinha que se fazer um esforço haver entendimento, mas claro há sempre coisas que nos agradam menos ou mesmo que nos desagradam! A maioria de nós chegou ao fim com laços de amizade.

E O QUE FARIAS SE GANHASSES O PRIMEIRO PRÉMIO?

Isso seria ótimo claro! Quem não gostaria de ganhar? O primei- ro prémio é um curso de um ano em Madrid… teria que ponderar muito bem… mas sinceramente não pensei nisso…

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