Cinco perguntas sobre a relação entre a carne e o cancro

Cinco perguntas sobre a relação entre a carne e o cancro

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1. O que é considerado carne vermelha?

Todos os tipos de carne que têm origem no músculo de mamíferos, como vaca e vitela, porco e leitão, carneiro e cordeiro, cabra e cabrito ou cavalo. A carne vermelha não processada inclui toda a carne fresca, mas também carne picada e congelada.

2. O que é carne processada?

Esta categoria não é exclusiva das carnes vermelhas. Refere-se a todos os tipos de carne que tenham sido transformadas com o objetivo de intensificar o sabor ou aumentar o período de conservação, seja pela salmoura, secagem, fermentação ou defumação. São exemplo de carne processada as salsichas, fiambres, chouriços, presuntos ou carne seca, mas também a carne enlatada e os molhos e preparados à base de carne.

3. Cozinhar a comida pode aumentar o risco de se tornar cancerígena?

Cozinhar a altas temperaturas, como durante a fritura ou no churrasco, pode fazer com que se criem certos compostos que provocarão, eventualmente, um aumento do risco de desenvolver cancro. Porém, o papel destes compostos ainda não está perfeitamente estudado.

Do mesmo modo, também ainda não existem estudos suficientes que demonstrem se comer carne crua é mais seguro. Nem tão pouco estão avaliados os riscos que podem estar associados ao consumo de carnes brancas ou peixe.

4. De que forma é que a carne vermelha e a carne processada são potencialmente cancerígenas?

Durante o processamento da carne ou enquanto é cozinhada, podem formar-se alguns compostos químicos com potencial cancerígeno, como nitrosaminas, nitrosamidas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Sabe-se que estes químicos podem danificar o ADN, mas ainda não existem provas diretas sobre porque é que o risco de desenvolver cancro aumenta com o aumento do consumo de carnes vermelhas ou processadas.

5. Que graus de risco cancerígeno existem? 

Existem cinco níveis de risco na classificação: do grupo 1 – carcinogénico para humanos, até ao grupo 5 – provavelmente não carcinogénico para humanos.

Quando há provas convincentes de que um agente pode causar cancro em humanos é classificado no grupo 1. Quando há demonstrações menos consistentes de que o agente é carcinogénico em humanos ou nas experiências com animais, a classificação cai no grupo 2. No caso do subgrupo 2A, há uma associação positiva, mas com provas limitadas, que cause cancro em humanos, ou seja, não foi possível descartar outros fatores.

http://www.reflexonutritivo.com/2015/10/28/cinco-perguntas-sobre-a-relacao-entre-a-carne-e-o-cancro/

 

Eunice Silva
Nutricionista

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