Visienses pelo mundo

Visienses pelo mundo

COMPARTILHE

Como é que tudo começou?
Após finalizar o meu curso de formação de hoteleria, trabalhei em Viseu no hotel Montebelo durante 1ano.
Viseu é uma cidade formidável, que estará sempre perto de mim, mas também era o momento certo para propulcionar a minha carreira profissional, e Nova Iorque era a cidade certa para seguir esse rumo.

O que te fez fazer as malas e deixar Viseu?
depois da minha primeira visita a Nova Iorque fiquei deslumbrado com o dinamismo e oportunidades que a cidade oferecia. Os melhores hotéis, melhores restaurantes e chefes, e também uma variedade cultural única, tudo numa cidade! Que mais poderia desejar? Inicialmente, pensava que seria uma curta estadia, talvez 3 anos, mas com o passar do tempo fiquei atraído pela energia e complexidade que a cidade me transmitiu, e acabei por ficar.

O que fazias em Portugal?
Em 1998 era cozinheiro no Hotel Montebelo. E atualmente qual é a tua atividade profissional? Actualmente sou Chefe Executivo do Hotel Conrad em Nova Iorque.

Como foi a adaptação?
Os primeiros anos foram difíceis, especialmente pelo facto de ter deixado família e amigos para trás. Mas acho que isso faz parte da vida, e, consequentemente, tive a oportunidade de conhecer outras pessoas, e fazer novas amizades, o que me fez adaptar rapidamente também à cultura Nova iorquina. Pelos anos que cá estou sinto-me completamente integrado, e de certa forma um pouco Nova Iorquino.

Quais foram as principais dificuldades ao chegar aos Estados Unidos?
Acima de tudo o que mais me custou foi estar longe da família, o resto foi certamente mais fácil. A nível profissional, consegui criar um rumo positivo desde o início, talvez porque já tivesse uma intuição que seria nesta cidade que ia catapultar a minha carreira e começar a minha jornada.

O que mais te surpreendeu nos Estados Unidos?
Definitivamente a variedade cultural que existe e o interesse social que as pessoas têm também para querer aceitar a nossa cultura Portuguesa. Acho que esta cidade está cheia de oportunidades, e as pessoas são muitas vezes validadas não pelo estatuto social, mas meramente pelo valor e talento que possuem sendo lhes dada a oportunidade de ser bem sucedidas.

O que mais gostas nesse país?
Sendo um país enorme, em cada cidade existem características únicas e diferenciadas, pela cultura, história, e a própria riqueza natural que eu acho formidável. Existe uma variedade incrível de destinos para conhecer neste país, e tudo facilmente alcançável…

A realidade onde estás actualmente é bem diferente de Viseu, quais são as principais diferenças?
Talvez em termos de população, em Nova Iorque vivem aproximadamente 8.5 milhões de pessoas, o que por vezes me dá uma sensação de fobia. Por outro lado, sinto a falta da vida pacata, e por vezes, simples que levava em Viseu. Havia tempo para a família, para estar com os amigos, e levar a vida sem ser constantemente a 100km/hora.

Sendo os Estados Unidosl um país diversificado e tão diferente de Portugal, já tiveste oportunidade de conhecer outras cidades?
Sim, estive no Arizona, Philadelphia, Chicago, Los Angeles, Miami, Florida, Hawaii e continuo a explorar novas cidades, sempre que tenho disponibilidade.

Porque não regressaste até agora a Portugal?
Definitivamente ainda não é hora, mas tenho voltado em férias, normalmente vou directamente para o Algarve, onde a minha família vive agora. Mas este ano vou a Viseu, para matar saudades. Acho também que ainda não será a altura certa para tomar essa decisão, mas num futuro breve talvez sim voltarei.

Como é que é viver nos Estados Unidos?
Vivo em Nova Iorque desde 2000, e na minha opinião acho que é uma das cidades mais formidáveis para viver! À parte de muitas razões, o facto, de que quase tudo está disponível e ao teu alcance, boa gastronomia, concertos, exposições, etc. Há sempre que fazer, 24 horas por dia, sem parar. Mas também por esse facto, também se torna uma das mais caras cidades para viver nos EUA, e também do mundo. É uma cidade extremamente organizada, e onde é muito fácil de circular após poucos dias de visita. Apesar de nem todos concordarem é considerada uma das cidades mais seguras e com o índice criminal mais baixo dos EUA.

O que mais gostas de fazer nos tempos livres?
Gosto de ir a restaurantes e explorar novas experiências gastronómicas. Passo parte do meu tempo livre em actividades de exercício, quer seja fazer jogging no Central Park, ou mesmo aulas de Yoga no Inverno. Também assisto a concertos, e exposições artísticas no MOMA ou outros museus. Enfim, há sempre muitas opções nesta cidade!

Pretendes voltar um dia?
Penso que sim, mas ainda é uma ideia que têm que ser formulada por vários factores pessoais e profissionais. Neste momento ainda acho que tenho muitos objectivos a concretizar por aqui. Talvez mais uns anos e logo se verá.

COMPARTILHE