The Greyhound James’ Band

The Greyhound James’ Band

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À solta na Route 61

A estrada para chegarmos a Greyhound James é como a sua música… Cheia de buracos…
Nascido nas “províncias bárbaras do interior”, recebe-nos agarrando os seus dois cães, curiosamente nenhum deles um galgo, mas “que fogem o suficiente”. “São parecidos comigo… gostam de dobrar esquinas… Olhar para um cão a dobrar uma esquina é delicioso… Toda aquela expectativa que se transforma quase sempre em desilusão… Mas nunca deixam de acreditar que hoje vai ser o dia em que vão encontrar uma cadela de concurso banhada a queijo derretido…”
Talvez venha daí a sua alcunha. “Não gosto de acabar. Fico sem nada para fazer… Por isso procuro esquinas para dobrar, até por que se ficar parado nelas posso ser mal interpretado, por malta a vir da missa…” Essa evasão constante leva-o a partir rapidamente de uma música para outra, de um estilo para o próximo e deu origem a Candy Mountain, álbum de estreia, a sair em 2015, trabalho em si, invulgar. Desde logo pelo formato. Duplo. Vencê-los pela quantidade (risos). Dezoito músicas escolhidas entre tantas, gravadas também de forma invulgar. “Vivo no campo mas o meu quintal é o estúdio. Fui plantando, plantando, e em 2014 acabei por seleccionar umas vinte músicas. Como faltavam as baterias e os hammond’s, cravei o Kafka (bateria) e o meu mestre (César – pianista e irmão mais velho) e ficou arrumado. Só depois é que o Rodrigo (guitarra) e o Rui (baixo) se juntaram a nós. Foi pena não ter sido antes, porque para além de todos os problemas comportamentais que partilhamos, são músicos verdadeiramente extraordinários, mas por outro lado fez com que nos vingássemos ao vivo, pois os bons, são bons ao vivo. E eles, ao vivo, são bons. Nada redundante…”
E basta olhar para um palco dos The Greyhound James’ Band para perceber esse cuidado. No seu tronco, uma bateria Tom Waitsesca, onde se incluem penicos, correntes, chapas e travões de carro, ladeada por um camião de guitarras, baixos, pedais e amplificadores. Vigiados com sobranceria pelos teclados, formam uma silhueta dispersa, corpo de uma sonoridade igualmente dispersa. “Partimos quase sempre do blues… mas como Jesus, saímos de Chicago e visitamos todas as casas que gostamos. O soul de Detroit e de Memphis, o funk sujo saído de Nova Orleães, o rock reles e duro sulista que nos escorraça até ao México dos chicanos e mariachis.” E já que se fala em concertos, os The Greyhound James’ Band preparam já o almanaque para 2015. “Lançámos o EP, Feed Your Hound, e o Candy Mountain vai sair em 2015 em cd, vinil e cassete, para delírio dos hipsters… (mais risos). Até lá vamos espalhando infâmia nos palcos. Como nos apresentámos no primeiro concerto – Olá, nós somos os The Greyhound James’ Band e este é o nosso primeiro concerto… e por isso vai ser perfeito.”

Download gratuito do EP Feed Your Hound, no site da banda.
Encontra-se também disponível em formato digital no Spotify, Soundcloud e em mais de 80 lojas digitais como iTunes, Amazon, Google Play.

thegreyhoundjamesband.com
facebook.com/thegreyhoundjames

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